Sílvia Ouakinin: “Há um contínuo entre o normal e o patológico”

Todos vamos aos vários médicos do corpo, mas muitos poucos de nós fazem “check-ups” à mente. Há um estigma em falar de saúde mental, porque ter debilidades a nível psicológico é visto muitas vezes como um sinal de fraqueza do indivíduo. No entanto, é comum termos desordens na nossa mente.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2013 mais de uma em quatro pessoas na Europa sofreram de algum tipo de desordem mental. O mercado de trabalho é apontado por muitos especialistas como um factor stressante, e que leva muitas vezes a um estado de “burnout”.

Eventos mundiais como a crise de 2008 tiveram impacto, de várias formas diferentes, na saúde mental dos Portugueses, que dificilmente encontram resposta no para os seus problemas no Serviço Nacional de Saúde, e na aplicação prática do Programa Nacional para a Saúde Mental, descrito como um programa prioritário em teoria, mas com cada vez menos meios para ser aplicado.

Mas, será que isto é tudo assim? Estigmatizamos de facto a Saúde Mental? Quando alguém sofre de alguma debilidade mental, a culpa é mesmo sua? O que é estar em “burnout”? A crise pôs-nos doentes da cabeça? Andamos todos malucos de há uns tempos para cá?

Para nos ajudar a perceber os vários pontos deste tema tão pouco abordado, falámos com Sílvia Ouakinin e Patrícia Câmara, ambas dirigentes da Associação Portuguesa de Psicossomática.

Sílvia é médica psiquiatra nos hospitais de Santa Maria e na CUF Infante Santo, doutorada em Psiquiatria e Saúde Mental. Patrícia é psicóloga clínica, psicanalista e autora do livro “Depressão na Infância e Relações Objectais”.

Psicossomática? Psiquiatria? Psicanálise? Psicologia? Tantos palavrões. Isto não é tudo a mesma coisa? As respostas estão na entrevista.

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Fotografia: Alan Tang/Unsplash

NOTA: As nossas desculpas pelos problemas técnicos de som, durante grande parte da entrevista, no microfone da Sílvia Ouakinin.

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